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O aspiano Lucas
do Carmo Dalbeto, publicou artigo intitulado Deadpool: mercenário com prazer em
parceria com Ana Paula Oliveira, na revista eletrônica Fronteiras: estudos midiáticos, v. 19, n. 3 (2017).
Resumo -
As Histórias em Quadrinhos (HQs), em seus diversos gêneros, fazem parte da
cultura popular e, por isso, apresentam narrativas que refletem anseios,
desejos, crenças, o imaginário social. Dessa forma, levantam importantes
questões socioculturais transpostas a um universo fantástico, amplo, rico e
complexo, o que permite diferentes interpretações e infinitas abordagens.
Diante disso, nota-se que, ainda que as HQs sejam consideradas diversão frívola
para crianças e adolescentes, representam um importante objeto de estudo para a
compreensão da sociedade contemporânea. Possibilita-se, assim, que novos
espaços sejam atribuídos a personagens que não se enquadram no padrão
heterossexual, bem como a construção de narrativas que abordem essa temática
por diferentes vieses. Isso posto, este trabalho tem por objetivo estabelecer
uma leitura do personagem Deadpool, publicado pela editora Marvel, a
partir da declaração de seu escritor, Gerry Duggan, que o caracterizava como um
super-herói omnissexual. Os resultados da leitura do arco escrito pelo autor
indicam que os questionamentos a respeito da sexualidade do personagem podem
significar o direcionamento para um novo modelo de super-herói, ou anti-herói,
não mais centrado em uma performanceheterossexual, mas sim decorrente de
suas próprias pulsões desejantes. Contudo, ainda que temas relativos ao
preconceito e à discriminação sejam recorrentes na Marvel, há de se
considerar que a abordagem de sexualidades que transgridam a heterossexualidade
pode ser uma estratégia mercadológica para angariar um maior público
consumidor.
Palavras-chave: Histórias em Quadrinhos,
sexualidades, Deadpool.
O artigo pode ser acessado clicando aqui!
Sobre a
revista
A revista Fronteiras - estudos midiáticos,
publicação da Unisinos, destinada à comunidade científica da área de ciências
sociais e humanas, pretende configurar-se como um espaço de discussão teórico
metodológico e análise centrado em temáticas diretamente concernentes aos
processos midiáticos, entendidos aqui como conjunto das práticas
comunicacionais midiáticas, manifestas por meio de diferentes linguagens;
sobredeterminadas pelos dispositivos técnicos: jornal, revista, rádio, cinema,
televisão, fotografia, publicidade, vídeo e outros processos de produção
emergentes. A revista Fronteiras tem periodicidade trimestral. Os três números
anuais são publicados nos meses de abril, agosto e dezembro.
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